Fonte: Arquivo Documental do MCDB
Povos do Mato Grosso do Sul
Esta é uma sala ainda em fase de aquisição de acervo, fato que se deve a uma presença mais marcante dos salesianos ao norte do antigo estado de Mato Grosso, dividido politicamente, em 1977, em estado de Mato Grosso, capital Cuiabá e estado de Mato Grosso do Sul, capital Campo Grande. Dentre os muitos povos de etnia indígena que habitam Mato Grosso do Sul, o museu representará a cultura material dos Terena; dos Kadiweu; dos Guarani Kaiowa; dos Kinikinaw; dos Guato; e dos Ofaie, por meio de objetos e utensílios históricos expostos em ocas de cobre, signo da pós-modernidade, estética capaz de traduzir a vida contemporânea desses povos.
Povo Xavante
Nesta sala, o espaço expográfico assemelha-se a um labirinto unicursal espelhado, do qual só se consegue sair, quando se descobre o enigma proposto. Quem são os Xavante? Qual o segredo embutido em sua cultura? Quem conhece a cultura xavante sabe que a maioria das danças, dos movimentos rituais constroem espirais e nesse caso pode-se relacionar esta forma com a estrutura física do espaço expográfico. É importante ressaltar que o tema tratado pela exposição foi escolhido por um representante dos Xavante e diretor do Museu Comunitário de Sangradouro, Valeriano Rãiwi’a Wéréhité. De acordo com ele o espaço deveria conter objetos significativos dos ritos de passagem e religioso.
Povo Bororo
Nascimento e morte fazem fundo para a contextualização metafórica do espaço
expográfico bororo dividido, como a aldeia original, em duas metades, Tugarege e Ecerae representadas pelos quatro clãs que as compõem respectivamente. Além do círculo, no recôndito da terra, o espaço de evocação das almas e a simbologia de preparação do mori.
Povo Karajá
Nesta sala estão reunidos os objetos da cultura material dos Karaja coletados pelos salesianos de Dom Bosco, Ângelo Venturelli e João Falco. A expografia tomou por base de contextualização o mito de origem do povo representado e cenas de sua vida cotidiana.
Povos do Rio Uaupés
Nesta sala aparecem representados por meio de seu mito de origem, iconizado na arquitetura; e pelos objetos utilizados em seu cotidiano, os povos Tukano, Desana, Tariana, Pira-Tapuia, Tuiuka, Paracanã, Taiwano e Wanana. Podemos sugerir que o espaço metaforiza a cultura disposta esteticamente ao longo do Rio Uaupés e que onde o "rio" termina, acaba a vida, aprisionada nas Vestes de Lágrimas dentro do círculo sagrado, para dar origem a um novo começo. |